Qualidade Industrial

Boas práticas de higiene e segurança alimentar

Nos dias de hoje a higiene e segurança alimentar é uma exigência de todos os consumidores, por isso é importante estar em alerta para a necessidade do cumprimento de regras que garantam a qualidade dos alimentos.


Ao longo do tempo, tem-se verificado várias doenças causadas pela ingestão de alimentos que não são seguros, sendo este um dos principais problemas de Saúde Pública.Um alimento pode tornar-se não seguro e, consequentemente, causar doença, se estiver contaminado com, pelo menos, um destes perigos: biológicos, químicos e físicos.

Higiene e Segurança Alimentar - Tipo de Perigos

  • Perigos biológicos

Para que se possa prevenir situações de risco para a saúde dos consumidores, é importante conhecer os fatores que favorecem ou inibem a multiplicação microbiana.


Os microrganismos quando têm determinadas condições para viverem e se multiplicarem, podem causar um alimento contaminado.

  • Perigos químicos

Atualmente as substâncias químicas usadas podem causar danos para a saúde, contaminando os alimentos e, consequentemente, originar uma intoxicação nos consumidores. Existe uma enorme gama de substâncias indesejáveis que podem ocorrer na cadeia alimentar, constituindo um perigo para a saúde.


Também os materiais usados em contacto direto com os alimentos, podem ser potenciais fontes de contaminação, no caso de serem transferidas substâncias nocivas da embalagem para os alimentos, constituindo assim um perigo para o consumidor.

  • Perigos físicos

Quando falamos em perigos físicos estamos a falar de objetos estranhos nos alimentos que, se forem ingeridos, podem causar danos na saúde dos consumidores. Podem ser encontrados vidros, madeiras, pedras, metais, ossos, plásticos, entre outros.


Estes perigos podem ter várias origens, podendo resultar de uma contaminação acidental, devido a deficientes práticas de higiene dos manipuladores, a uma má higiene e conservação das infraestruturas, a equipamentos e outras matérias em mau estado de higienização, assim como a falta de planos de higienização e controlo de pragas.

Codex Alimentarius

O que é?

O Codex Alimentarius (que em latim significa Código ou Lei dos Alimentos) consiste em normas alimentares internacionais aprovadas, apresentadas uniformemente. Contém também disposições de carácter consultivo, sob a forma de códigos de práticas, diretrizes e outras medidas recomendadas, de forma a proteger os consumidores.

Missão

O Codex Alimentarius tem como missão proteger a saúde dos consumidores a assegurar práticas justas relativamente ao comércio de alimentos.


O Codex pretende orientar e promover a elaboração de critérios e requisitos para os alimentos, contribuir para a sua harmonização, e, deste modo, facilitar o comércio internacional.

Princípios gerais do Codex

• Identificar os princípios essenciais da higiene dos alimentos aplicáveis ao longo de toda a cadeia alimentar (desde a produção primária até ao consumidor final), a fim de garantir que os alimentos são seguros e aptos para consumo humano;


• Recomenda uma abordagem baseada num sistema HACCP e indica a forma de implementar esses princípios de HACCP;


• Serve como guia para códigos específicos que podem ser necessários a sectores da cadeia alimentar e a processos ou produtos básicos, de modo a ampliar os requisitos de higiene específicos desses sectores.


• Segue a cadeia alimentar desde a produção primária até ao consumidor final.

Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo (HACCP) 

O que é o sistema HACCP?

Sistema de segurança alimentar que se destina a prevenir a ocorrência de acidentes com alimentos, que se pretenda que seja um sistema preventivo.


O sistema HACCP pode ser aplicado ao longo de toda a cadeia alimentar, desde o produtor primário até ao consumidor final. A sua implementação deverá ser orientada por evidências científicas de riscos para a saúde humana.


Para além de melhorar a segurança dos alimentos, a implementação do HACCP oferece outras vantagens significativas, tais como facilitar o processo de inspeção por parte das entidades regulamentadoras, aumentar o comércio internacional e aumentar a confiança na segurança dos alimentos.

Objetivos

• Prevenir a ocorrência de acidentes causados por toxinfeções alimentares;

• Garantir o cumprimento de requisitos legais;

• Implementar estratégias preventivas de acidentes que podem ocorrer ao longo da cadeia produtiva;

• Reduzir o risco de vender produtos nocivos ao consumidor;

• Aumentar a confiança dos clientes;

• Reduzir o risco de perda de imagem;

• Reduzir os custos inerentes à não qualidade.

Para que a implementação do sistema HACCP tenha sucesso é necessário o comprometimento e envolvimento de todos, quer da administração, quer do pessoal, pois implica uma abordagem multidisciplinar em que todos devem participar.


O HACCP de acordo com os pré-requisitos estabelecidos no Codex Alimentarius é o sistema mais eficiente na deteção e controlo dos perigos alimentares.

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