Indústria e Tecnologia
ERP (Entreprise Resource Planing): o que é e quais os desafios e boas práticas na integração
Um ERP – Entreprise Resource Planing – é um software de gestão composto por vários módulos que se focam em múltiplas áreas de negócio de uma empresa. São raras as empresas que hoje em dia não têm implementado um software de gestão. A integração dos ERP com um software periférico aumenta o controlo em áreas nas quais o ERP não responde com agilidade. Saiba como deve ser feita essa integração!
O que encontra neste artigo?
Atualmente, quer por obrigações legais, quer por necessidade efetiva das organizações, quase todas as empresas têm implementado um software de gestão. Estas aplicações vão do simples software de faturação ao ERP, que têm um papel fundamental no suporte à gestão do negócio.
Estes, quando integrados com outros software de suporte a áreas especificas da organização, incrementam a qualidade da informação criando um impacto muito positivo na capacidade de se gerir e tomar decisões.
1. O que é um ERP?
Um ERP é um software de gestão composto por vários módulos que se focam em múltiplas áreas de negócio de uma empresa. Esta é uma solução que integra de base os módulos Financeiro, Logística e Distribuição, Operações, Recursos Humanos, Compras, Vendas, etc e que partilham entre si um conjunto de entidades mestre, bem como registos transacionais permitindo a criação de relatórios e dashboards de controlo geral do negócio.
Existem inúmeras soluções ERP disponíveis em Portugal, que se distinguem pela quantidade de módulos disponíveis ou por funcionalidades que se ajustam de forma mais especifica a um ou a outro tipo de negócio. Nas empresas de pequena e média dimensão é comum encontrar soluções como Primavera, PHC, Eticadata, CentralGest entre outros.
Nas empresas com maior dimensão, ou como alguma percentagem de internacionalização, soluções como o SAP, SAGE ou o Microsoft Dynamics são mais comuns quer pela maior disponibilidade de módulos, quer pela maior facilidade de se ajustarem a regulamentações internacionais.
2. Os desafios da integração
Sabendo que as empresas têm ao seu dispor cada vez mais soluções que permitem o controlo específico de cada área de negócio, é comum que a par do ERP haja um conjunto de aplicações que sirvam de facilitador na gestão do seu dia a dia.
A integração destas aplicações torna-se uma necessidade pois permitem um fluxo continuo dos dados, a validação dos mesmos e ainda a eliminação da redundância de operações. No entanto não podemos ignorar alguns desafios:
3. Boas práticas
Assim, para cada desafio sugerem-se algumas boas práticas:
– Pensar nas integrações como um todo, mas implementá-las aplicação a aplicação. Deve apenas avançar-se para o passo seguinte quando o atual está controlado.
– É importante identificar e normalizar os dados relevantes para o processo bem como a sua origem. Este processo permitirá incrementar a qualidade da informação gerada.
– Antes, durante e depois do processo de integração, a segurança deve ser garantida. As boas práticas devem ser seguidas e se possível ter apoio de técnicos especializados.
Em suma: as soluções ERP foram criadas para ajudar e automatizar o processo de gestão das organizações dando uma visibilidade a uma parte substancial do negócio das mesmas. A integração dos ERP com Software periférico, como o ACCEPT Quality Control Solutions, aumenta o conhecimento e cria sinergias que alavancam benefícios e controlo em áreas nas quais o ERP não responde com agilidade.
Atualmente, qualquer estratégia de digitalização que não contemple a integração entre sistemas, será certamente limitativa para as empresas e para os seus colaboradores diminuindo a mais valia gerada por este processo.
Ricardo Gonçalves
Pós-Graduado em Desenvolvimento de Sistemas de Informação pelo ISCTE do Instituto Universitário de Lisboa, em 2009, e Bacharel em Informática de Gestão pelo ISCAC do Instituto Politécnico de Coimbra, em 2006, trabalhou durante mais de 13 anos em projetos de implementação de sistemas de informação em multinacionais da indústria automóvel.
Em 2013 ficou responsável pela gestão das Tecnologias de Informação nas fábricas de Portugal, Alemanha e República Checa do Grupo Key Plastics.
Em 2017 passou a coordenar o projeto global de suporte às soluções de chão de fábrica do Grupo NOVARES com responsabilidade de suporte a 42 fábricas presentes em 16 países.
Atualmente, integra a equipa da Sinmetro em 2019 na qualidade de IT Manager em projetos para a Indústria 4.0.