Produtividade, Qualidade Industrial
7 estratégias para reduzir custos na área da Qualidade Industrial!
A presença de problemas de qualidade industrial é sinónimo de instabilidade financeira para muitas organizações, dado que a crescente competitividade do mercado tende a expor os custos que as empresas pagam na sequência de um produto com má qualidade. Conheça 7 estratégias para reduzir custos na área da qualidade industrial, que podem ser adotadas como um manual de boas práticas para diferenciar a sua empresa, conquistar novos clientes, garantir sustentabilidade financeira, e atrair novos investimentos.
O que encontra neste artigo?
A melhoria contínua, os custos da qualidade e a indústria 4.0
Os avanços tecnológicos que têm permitido a recolha e monitorização de dados da qualidade industrial, em tempo real, juntaram-se à formulação e atualização de normas de serviços e regulamentações, com o intuito de se uniformizar práticas industriais de segurança e qualidade.
Perante este contexto de desenvolvimento, a fabricação de produtos de qualidade sem a ocorrência de custos adicionais, associados à não-conformidade de especificações apresentadas por clientes, tornou-se um requisito para aumentar a competitividade de preços e a sustentabilidade financeira das organizações através das margens de lucros e de produtividade.
Aqui poderá conhecer mais sobre os principais conceitos, técnicas, ferramentas e desafios da indústria 4.0.
Com o requisito da busca contínua pela melhoria da qualidade dos processos produtivos, os gestores começaram a dedicar-se à implementação de ferramentas de qualidade de processos e produtos, combinando a integração de ferramentas Lean Manufacturing e Teoria das Restrições, com o objetivo de potencializar resultados. No entanto, é de notar que os diferentes níveis de maturidade entre segmentos de negócio, para fundamentos da Indústria 4.0, influenciam os sistemas de custos da qualidade, pelo facto de promoverem a implementação de práticas distintas.
Conheça agora 7 estratégias para reduzir custos na Qualidade Industrial:
1. Mensurar custos de qualidade: Avaliação do desempenho dos processos produtivos e a rentabilidade da empresa, através dos valores associados aos custos, falhas internas (humanas e mecânicas) e prazos, bem como a identificação de oportunidades de redução de custos ou prazos.
2. Identificar, em tempo real, falhas internas: Quanto menos tempo for necessário para identificar desvios, menores são os custos de correção da não-qualidade. Devem ser instaladas ferramentas de medição da qualidade para encontrar problemas, elencar e quantificar respetivas origens. Veja como o ACCEPT está a auxiliar inúmeras empresas na resolução deste desafio através deste webinar.
3. Priorizar ações com o Gráfico de Pareto: Este instrumento permite identificar problemas, e para os quais possui uma escala de orientação consoante o nível de ocorrência e respetiva prioridade, sugerindo metas numéricas e indicando causas que não agregam valor ao produto.
4. Atuar cirurgicamente por intermédio do Diagrama de Ishikawa: partindo do problema priorizado através do Gráfico Pareto, esta ferramenta gráfica, cuja metodologia se centra em 6 fatores de influência (método, máquina, medida, meio ambiente, material e mão de obra) para um problema específico, permite determinar as suas causas.
5. Solucionar a raiz do problema em A3: o Relatório A3, instrumento Lean, permite aprofundar a investigação de problemas centrais, com todos os intervenientes a perspetivarem e a relacionarem, de forma coletiva, as causas e os efeitos. Assim que encontrada a origem, elabora-se o plano de ação.
6. Reduzir custos avaliação: A necessidade de dissociar produções conformes das desviantes, como consequência de falhas, representa custos adicionais que devem ser evitados.
7. Evitar custos com falhas externas: As lacunas no produto ou serviço, detetadas após chegarem ao mercado ou consumidor geral, costumam gerar custos intangíveis, podendo culminar na degradação da imagem, reputação e confiabilidade da empresa.
Em conclusão…
A indústria 4.0 trouxe consigo ferramentas de medição da qualidade industrial que permitem coletar e acompanhar, concomitantemente, diversas variáveis de controlo em processo do nível operacional da fábrica que, por sua vez, possibilitam investigar a maioria das causas-raízes dos problemas da qualidade. Quer isto dizer que as ferramentas devem ser consideradas enquanto meios para alcançar um fim: a melhoria da qualidade industrial.
Aprimorando as capacidades de os colaboradores se relacionarem com novas técnicas de gestão da qualidade, a redução significativa de custos da não-qualidade dos sistemas de produção, tais como o desperdício, retrabalho, devolução de clientes e insucesso, para que as mesmas não tomem proporções que coloquem em causa a sustentabilidade financeira das empresas, será uma realidade.
Bruno Frutuoso Costa
Mestre em Jornalismo e Comunicação. É, no momento, investigador na Universidade de Coimbra e colaborador da Sinmetro.